Horizonte de Eventos

Reflexões sobre a vida, o universo e tudo mais

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Diário de Bordo: Ilhabela – 28/09/2013

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O planejamento começou durante a semana, com a decisão de ir, o estudo do caminho e a reserva de hospedagem. Como tivemos um aniversário na noite anterior, acabamos não conseguindo levantar cedo conforme o planejado. Já estávamos duas horas atrasado do plano original, mas tudo bem, afinal estávamos indo passear.

Depois de terminar de arrumar as malas, deixar as coisas ajeitadas em casa, revisar o trajeto no mapa, atualizar as bases de radares no GPS e abastecer o carro, lá estávamos nós, a caminho de Ilhabela. Pegamos a estrada e tivemos muita boa sorte no caminho. Não presenciamos nenhum acidente e o GPS se virou muito bem. Claro que o caminho era bem simples, e eu já o conhecia. A estrada estava muito boa, com bastante movimento em alguns trechos, porém, sem trânsito. Chegamos na balsa para travessia por volta das 14 horas.

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Após atravessarmos, procuramos o Chalés Patrícios, onde iríamos ficar hospedados, e descobrimos na prática que o Google Maps não está muito atualizado em Ilhabela. O GPS levou-nos até a rua correta, porém bem longe da numeração devida. Dificuldades a parte, conseguimos nos localizar depois de um tempinho, deixamos as coisas no chalé, nos trocamos e fomos rumo a 20130928_163251Praia do Julião, onde nos encontraríamos com amigos. A praia, bem diferente daquelas que estamos acostumados, tinha areia grossa, faixa de areia curta e uma excelente paisagem, mesclando pedras, água cristalina e areia. Ficamos por um tempo contemplando-a e logo depois paramos no Prainha Do Juliao Bar E Restaurante, onde pudemos apreciar excelentes pratos. O local é encantador e merece atenção nos passeios à ilha. Com o sol deitando-se ao horizonte, saímos e lá e voltamos para o chalé, afinal, a noite seria de festa.

Pouco tempo depois, lá estávamos nós novamente dependentes do GPS para chegar em nosso destino, e mais uma vez a tecnologia insistia em nos guiar por uma rua que não existia. Demos algumas voltas e graças a alguns moradores, conseguirmos localizar nosso destino. Estávamos ali para um mega evento em comemoração ao aniversário de meu amigo Rodrigo, com direito a churrasco e o show de sua banda de rock, mas além disso, encontraria com outros amigos em comum e ainda presenciaria um pedido de casamento. Tudo foi muito bom, um espetáculo a parte.

No domingo pela manhã fomos em busca de uma padaria e descobrimos que há pouquíssimas opções para se comer um simples pão na chapa com café. Rodamos bastante pela cidade e graças ao Foursquare encontramos a Ilha dos Pães, uma padaria em um posto de gasolina, foi a salvação. A padaria não era grande, mas oferecia uma boa variedade de produtos. Não sei se é a melhor da ilha, mas foi a que achamos e que tinha um bom atendimento.

PicsArt_1381928157621Com o estômago forrado e o tempo escasso, não perdemos tempo e partimos para conhecer a Cachoeira da Toca, um local muito bonito, e agradável, exceto pelos mosquitos e a água, que estava bem gelada, impossibilitando-nos de aproveitar devidamente sua natureza. É um local simples, mas com uma infraestrutura mínima para proporcionar bons momentos junto à natureza. A entrada custou R$ 15 por pessoa, mas valeu muito a pena. Esperamos voltar em um dia de calor para descer os toboáguas naturais.

Depois da cachoeira, fomos conhecer a famosa Praia da Feiticeira. A praia é bonita, seguindo o padrão da ilha, com areia grossa e faixa curta. A água também não estava muito convidativa, tendo em vista que alguns poucos passos dentro da água e já se está com ela no pescoço. A temperatura também não ajudou. O mais curioso da praia é o casarão que tem a seu lado, muito bonito, mas que por ser propriedade particular, não pudemos chegar muito perto. Ainda assim, gostamos mais da Praia do Julião.

20130929_165151Infelizmente o tempo estava acabando e tínhamos que voltar para casa. Pegamos nossas coisas no Chalé, curtimos a maravilhosa hospitalidade da família do Rodrigo durante um almoço mais que descontraído, e com muito ânimo (só que não), pegamos a estrada de volta para casa.

A Ilha tem seu nome merecido, pois de fato é muito bela, contando com muitas paisagens e atrativos para quem curte a natureza. Foi uma pena ficar tão pouco tempo e que o clima também não ter ajudado muito. É um local para voltar e curtir melhor, afinal ainda há muito o que conhecer.

Lições sobre a vida, o universo e tudo mais

bau_tesouroNossa memória nada mais é do que um velho baú empoeirado. Uns mais outros menos, porém todos nós temos neles diversos itens de grande importância, como lembranças e experiências as quais passamos durante nossa vida e, vez ou outra alguma dessas vem a tona. Foi o que aconteceu na semana passada, quando ouvindo meus amigos do Grande Coisa num bate papo sobre antigos programas de TV, revivi grandes cenas as quais aprendi muito em minha vida. Estou falando do clássico programa “O Mundo de Beakman“.

beakmanO programa era sensacional, apresentado por um meio professor, meio cientista louco, sua assistente e um rato gigante. A descontração era total e o mais importante foi o quanto nós — crianças — aprendemos com esse trio. De perguntas simples às mais complexas, passando por causos da história mundial, da física, da biologia e até de astronomia, além de situações pra lá de bizarras, tudo era respondido e de uma maneira tão simples, que qualquer um podia entender. Ahh se todos os professores fossem como o Beakman!

Aproveitei a deixa e procurei na Internet os capítulos há muito armazenados no grande e velho baú e, para minha surpresa, consegui achar toda a série, e com dublagem original. Não pude resistir e estou a cada dia matando a saudade, capítulo por capítulo.

O mais interessante é que ao assisti-los, mais lembranças vieram a tona. Aos poucos fui lembrando dos grandes mestres que contribuíram para eu eu estar aqui e ser que em sou hoje.

A  lembrança mais remota (e empoeirada) começa no colégio Lobo Vianna, com a professora Salete, do jardim/pré-escola. As memórias do dia a dia são escassas, mas a imagem dela e de seu apoio a este jovem estão lá no fundo. Sei que no início não gostava dela, mas com o tempo ela ganhou a minha simpatia e um lugar no grande baú. Pouco tempo depois foi a professora Beth, da primeira série, um amor de pessoa, com seu grande óculos e seus cabelos louros. Foi difícil saber que tinha passado de ano e teria outra professora.

O tempo passou e do ginásio recordo-me da Eliana, minha professora de língua portuguesa e inglesa, que entendia minha insatisfação e incentivou-me a escrever minha primeira obra, um livro para ensinar inglês a minha maneira. Tenho até hoje o manuscrito. Isa, minha professora de Educação Artística, que tanto me apoiou para que eu desenvolvesse minha aptidão com o lápis, e assim aprimorar meus desenhos. Não foram muitos que sobreviveram ao tempo, mas ainda tenho alguns deles guardados.

Outro destaque da mesma época, e também muito merecido, vai para o professor Alfonso, de história. Este foi um dos grandes responsáveis por minha veia contestadora que levaria-me futuramente ao jornalismo.

Saindo do foco escola, posso lembrar-me também do Sensei Marcelo Yonamine e Sensei Mauri, que me ensinaram a canalizar minhas energias, formando meu corpo na filosofia das artes marciais através do karatê.

No colegial tive o prazer de ter aula com Antônio Menezes de Oliveira. Esse sim era um mestre de verdade, como poucos o são hoje em dia. Era rígido dentro da sala de aula. Seu nível de exigência para com seus alunos era o mais alto possível. Tratava-nos como adultos conscientes das consequências de nossos atos. Era um exemplo em si. Seus ensinamentos iam muito além da língua e literatura portuguesa, eram ensinamentos para vida, para reforçar nosso caráter. Este foi meu grande incentivador a continuar meus estudos, alçando vôo na Universidade.  Um dos maiores prazeres que tive foi, após passar no vestibular (coisa que na minha época era difícil e um feito de poucos), voltar à escola e agradece-lo, bem como ao professor Alfonso pelo apoio. Lembro claramente do sentimento de orgulho em ambos. Uma energia extremamente positiva que dava-me ainda mais forças para seguir em frente, e a qual nunca poderei esquecer.

Não posso deixar de agradecer também as professoras Vera (Matemática/Física) e Lídia (inglês), também conhecida entre os alunos como “bolinho”, por terem tido “paciência” de aguentar minhas contestações e sede por conhecimentos. Naquele momento eu queria alçar vôos ainda maiores, porém elas não estavam preparadas para isso e não puderam entender. Paciência… ainda assim as agradeço.

No meio do caminho conheci a professora Leila, no curso de inglês que fazia. O mais interessante é que o melhor do curso não eram as aulas de inglês, mas nossas conversas após a aula, sobre política, literatura e ciência. Ela foi a responsável por me ajudar a transitar da literatura infanto-juvenil à literatura adulta, apresentando novos segmentos de leitura. Cristiane F., A Revolução dos Bichos, 1984, Admirável Mundo Novo foram alguns dos livros que esta professora me apresentou, e que até hoje estão entre meus Top 10.

como-solicitar-becas-estudios-L-5rY0W1Ahhh a Universidade! Na falta de um curso universitário, fiz dois, mas poucos professores destacaram-se tanto quanto Gerson Moreira Linha, responsável por apresentar a magia do jornalismo, Dirceu Lopes, responsável por quebrar a magia do jornalismo e apresentar-nos a realidade, Tadeu Nascimento por nos mostrar uma nova forma de ver o mundo e representá-lo através da arte da fotografia, Claudio Lemos, meu querido xará, que incentivou-me na arte do design e diagramação, fundamentais para minha carreira. Paulo Cândido meu caro orientador e amigo, que me apoiou mesmo quando todos estavam contra. Ao final e não menos importante está Walter Lima, meu maior incentivador a avançar pelo desconhecido, aguçando minha percepção para as novas tecnologias e suas possibilidades. Se hoje a tecnologia paga o pão nosso de cada dia, esse cara é o responsável. Obrigado.

Depois da Universidade, fiz diversos cursos e agradeço pelo conhecimento adquirido, porém nenhum destacou-se como meu curso intensivo de língua espanhola. Paulo Della Rosa Junior, este querido professor destacou-se por ser diferente, por propor um forma diferente de aprender, na prática, além de apoiar-me em um momento de pressão que eu estava passando. Precisava aprender rapidamente e ele não apenas entendeu minha necessidade, como teve o cuidado de me apresentar os bastidores da língua e seus praticantes, dicas as quais nunca esqueci, e que por diversas vezes foram o meu diferencial, tudo isso em 3,5 meses. Fico imensamente grato, pois graças a ele consegui até ministrar um curso inteiramente em espanhol no Chile.

Não tão importantes quanto os de carne e osso, mas grandes mestres da TV, literatura e sétima arte também têm um espaço reservado no baú: Mestre Yoda, Sr. Miyagi, Professor Girafales, Prof. Dumbledore, Prof.  Henry ‘Indiana’ Jones Jr, Prof. Xavier, Professora Helena, Professor Pardal, Professor Tibúrcio, entre muito outros.

Assim, termino aqui agradecendo mais uma vez a todos os mestres citados e aos não citados, pois foram responsáveis por quem sou hoje. E você, quem são seus mestres?

Novas vozes, novos amigos

Certo dia estava no ônibus voltando para casa. A viagem era longa. Na época trabalhava no Centro de São Paulo e, como era comum na época, estava eu tentando ler meu livro. Era um livro técnico, sobre metodologias de TI e algo começou a incomodar-me.
Um colega de fretado, Marcos, estava com fone de ouvido, e não parava de rir, cada vez mais alto.
No começo, pensei que era algo isolado, mas com o tempo aquilo começou a incomodar-me. Podia ter chamado o coordenador, reclamado com Marcos, xingado… mas fiquei na minha, em prol da educação e convívio em comunidade.
podcastDias se passaram e, em uma conversa com Marcos, o mesmo me falou que estava ouvindo um podcast muito legal, e que eu provavelmente também iria curtir.
Perguntei-lhe que raios era “Podcast”? Teria alguma coisa a ver com iPod? E foi assim que fui apresentado para meu primeiro Podcast, o Nerdcast.
Para quem não sabe, podcast são programas gravados, como se fosse um programa de rádio, mas que encontram-se disponíveis em MP3, permitindo que se baixe gratuitamente e ouça a qualquer momento.
Aceitei a indicação e baixei meu primeiro Nerdcast, episódio 28a, com a temática da série Lost. Coloquei o arquivo no meu celular e fui ouvir no metrô. Como Marcos, não conseguia ouvir sem cair na gargalhada.

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O episódio foi muito bom e engraçado, o que levou-me a baixar os episódios anteriores, e os novos a cada semana, toda sexta-feira, sempre com um tema novo, mas excelentemente abordado. A cada semana que passava fui envolvendo-me cada vez mais com os personagens Jovem Nerd, Azaghal, entre outros. Para minha surpresa, conhecia pessoalmente um dos personagens, o Tucano, pois havíamos trabalhado juntos.
Depois do NerdCast, comecei a baixar o podcast do site LostBrasil, focado em reviwes dos episódios da série, depois o RapaduraCast, especializado em Cinema. Por um tempo consegui contentar-me com esses, mas pouco tempo depois fui apresentado pela turma do NerdCast ao MonaCast e MRG (Matando Robos Gigantes), e também aos de tecnologia PapoTech e Podsemfio, com participação da simpática Bia Kunze.

Hoje divirto-me muito com essas turmas e, em alguns casos sinto-me também parte delas, como se os conhecesse há anos, pois são meus companheiros de viagem diariamente. A cada novo programa meu celular já baixa automaticamente, e lá está… diversão e informação garantida!

Agradeço a Marcos por ter me apresentado esses programas e as equipes que se reúnem para entreter os ouvintes, sejam nas discussões ou na parte técnica.

Para os interessados em entrar nesta onda, listo abaixo outros programas que tenho acompanhado também:

  • CocaTech
  • Fronteiras da Ciência
  • Guanabara.info
  • Iradex
  • Papo de Gordo
  • Radiofobia
  • Semana Tech Info
  • SpinOff TV Séries

Nostalgias sobre o caminho trilhado

Ontem estava arrumando minhas coisas e deparei-me com um grande sentimento de nostalgia. Estava revendo algumas coisas da época de escola e faculdade, organizando a bagunça. O mais impressionante é que ao pegar cada uma das folhas, com anotações, textos e desenhos, meu cérebro era bombardeado com um turbilhão de lembranças.

Acima de tudo lembranças dos passos que me levaram a chegar onde estou hoje. Há alguns anos o jovem Claudio estava construindo suas idéias e valores, que ainda estão aqui, mas hoje acredito ser uma pessoa muito diferente do que aquele jovem poderia imaginar. Não que seja melhor ou pior, não é isso, acredito sempre na balança, e que em algumas coisas me saí muito melhor e em algumas outras nem tanto. Claro que muitas dessas idéias e objetivos hoje, olhando para trás, vejo que teriam sido em vão. A experiência traz esta consciência da realidade, mas nem sempre é fácil. E não foi.

Vi e revi muitas cenas as quais hoje faria diferente, discussões que deixaria de lado, algumas palavras que evitaria proferir, e tantas outras que deveria ter tido a audácia de falar. Não me arrependo do que fiz e de onde cheguei, mas sinto um pouco de falta daquele sentimento de poder que sentia em minhas veias para mudar o mundo.

Após esta reflexão sei que preciso reviver parte de mim que encontra-se adormecida, levantar a cabeça e lutar com mais garra naquilo que acredito.

Hoje lembro com carinho das pessoas que ficaram para trás e afirmo que todas foram importantíssimas em minha vida, e hoje sou grato a elas pois ajudaram a moldar o que sou hoje, principalmente minha família. Obrigado a todos.

Diário de Bordo: ¡Hasta luego Santiago!

Sete horas da manhã do sábado e lá estava eu de pé. O dia já estava clareando, quando era perceptível a camada de poluição sob Santiago. Tomei um bom banho, tomei café da manhã e comecei a arrumar as malas. O dia seria longo e logo recebi a mensagem de minha amiga Wanessa, que estava a caminho para me levar para conhecer a cidade de Santiago.

As 9h fechei minha conta no hotel, deixei as malas lá e saí com minha amiga Wanessa para conhecer Santiago. Pegamos o metrô e descemos na estação Santa Lucia. Passamos pela Biblioteca Nacional, uma construção muito grande e bonita, mas que somente consegui ver por fora. Dali, fomos ao Cerro Santa Lucia, um forte no meio da cidade, em um dos seus pontos mais altos. De lá pude ver a cidade inteira. Lembrou-me a visão que temos no prédio do Banespa em São Paulo. Para chegar ao topo o caminho e as escadas são bem rústicas, o que me fez perder algumas muitas calorias, além de quase cair umas três vezes, mas vale a pena.

Saindo de lá, voltamos para o metrô e saímos na estação Universidad de Chile, caminhamos um pouco pelo Centro em direção a Plaza de Armas, uma praça grande, cheia de esculturas e cercada de construções históricas. É um lugar utilizado para desfiles e eventos. De frente à praça há a Catedral Metropolitana de Santiago, uma igreja que por fora não chama tanto a atenção como por dentro. Apesar de escura, a catedral era imensa, muito grande mesmo e bonita, com pinturas, esculturas e vitrais muito bem trabalhados. Ao lado dela havia uma pequena capela que, segundo comentado pela Wanessa, morreu um padre durante um incêndio ou algo assim… A capela foi reconstruída e estava, naquele momento tendo uma missa. Um fator interessante é que o local estava praticamente vazio. Parece que não é da cultura chilena frequentar as missas nas igrejas.

Ainda cercando a praça, passei pela sede do Correo, que estava fechado, e depois fomos ao Museo Historico Nacional, um casarão muito bonito e antigo, porém com uma diversidade enorme de esculturas, pinturas e objetos da história chilena. Claro que muitos dos personagens que ali estavam representados eu nunca havia sequer ouvido falar, mas foi muito interessante, havia até uma carruagem no meio do salão. Tendo já passado quase toda minha estada em Santiago na região do Centro, minha amiga resolveu me levar para conhecer a parte nova, e mais nobre, da cidade.

Voltamos ao metrô e fomos até a avenida El Bosque Norte/Sur, uma avenida muito bonita, moderna e limpa. Lembrou-me a Av. Paulista aqui em SP. A tendências por lá são os prédios espelhados e com muito vidro, pois parece que tem vantagens dado o alto índice de tremores e terremos que há por lá. Caminhamos pela avenida por um bom pedaço e depois paramos para tomar um sorvete que, segundo a Wanessa era um dos melhores, senão o melhor de Santiago. A sorveteria chamava-se Fragola e de fato o sorvete era muito bom. Experimentei um sabor típico de lá, algo mais ou menos parecido com nozes, mas que tem outro nome, o qual não me recordo agora. Sentamos numa mesa, tomamos o sorvete e conversamos bastante sobre os velhos tempos, as mudanças em nossas vidas, entre outras coisas. Foi muito bom!

Saindo do Fragola, já estava quase na hora dela voltar, pois tinha um compromisso com o noivo, caminhamos em direção ao Shopping Costanera, que havia inaugurado há apenas 4 dias e ficava ao lado de uma torre que será a maior da América Latina. Com muito pesar, despedi-me da Wanessa, e fui conhecer o shopping sozinho.

Da mesma forma que a torre, o shopping claro, não poderia ficar atrás, e também hoje é o maior shopping, contando com 5 pisos e muitas lojas, principalmente de departamento. O que achei interessante é que cada andar conta com lojas de um determinado seguimento. Isso é interessante, pois podemos ir diretamente onde queremos sem ter que ficar rodando no shopping inteiro. Quem me conhece pode achar estranho eu ter ido em um shopping, pois não sou fã, mas não poderia deixar de conhecer o maior dos maiores, fora isso, não há nada diferente, exceto por várias lojas ainda estarem fechadas e uma cascata com uma queda d’água muito legal, na qual são formadas imagens, muito interessante. Nunca tinha visto tal coisa. Simples e bonito. Até iria aproveitar para almoçar, mas a praça de alimentação estava extremamente lotada, impossível comer ali.

Cansado de tanto andar, saí dali e peguei o metrô em Tobalaba e voltei para a estação La Moneda. Descendo nesta, e com fome, acabei parando no Burger King. Essa parte é difícil para mim… mas foi o melhor sanduíche que comi no Chile. Claro que ao chegar lá, estava desanimado, afinal não curto o grande M amarelo, o tal do Bobs, que de brasileiro não tem nem o nome, e muito muito menos o Rei do hamburger, mas era o que tinha, e eu precisava comer rápido. Entrei lá e me deparei com aquelas fotos dos sanduíches. A primeira coisa que fiz foi procurar e certificar-me que escolheria o que quer que fosse, mas sem abacate. Consegui, havia um sanduíche sem abacate e foi esse mesmo, acompanhado de uma Pepsi. Estava muito saboroso diante dos demais sanduíches que eu havia comido por lá, a carne processada tinha cheiro e gosto de carne… hum… uma delícia!

Ao final, voltei para o hotel, peguei as malas e fiquei aguardando o táxi que estava agendado para me levar ao aeroporto. Neste fui conversando e por sorte a viagem foi tranquila e rápida. Chegando no aeroporto, fiz o check-in, despachei minha mala e fui comprar mais algumas lembrancinhas que faltavam. Fiquei um pouco no Free Shop para passar o tempo e ao aproximar-me do meu portão deparei-me com um Dunking Donuts. Naquele momento minhas papilas gustativas começaram a alvoroçar-se e minha memória, de anos longínquos veio a tona. Parei lá e peguei dois, comi na hora e estavam muito bons. Aproveitei o Wi-Fi e fiquei conversando com a Vanessa e aguardando a chamada de meu vôo.

Diferentemente da ida, o modelo do avião para a viagem de volta era bem menor e também mais apertado, mas apesar de algumas turbulências, a viagem foi bem tranquila. Dessa vez não consegui cochilar, mas pude ler, ver meus seriados no celular e etc. Três horas e cinquenta minutos depois já estava em terras tupiniquins. A saída do aeroporto de Guarulhos também foi tranquila, não tive problemas na Polícia Federal nem nada, felizmente!

¡Hasta luego Santiago!

¡Bien venido Brasil!

Diário de Bordo: Hot-dog com abacate!

O café da manhã do hotel não era dos melhores, mas até que estava razoável. Fui para a empresa logo cedo e comecei a revisar meus e-mails e as pendências que havia acordado no dia anterior. Foquei principalmente no material do treinamento que daria, para assim garantir que estivesse tudo certo.

No almoço fui convidado a acompanhar o Diretor, tendo em vista que já iríamos direto para o cliente, LAN. Almoçamos no Friday’s do Parque Arauco, um Shopping que me pareceu bem bonito, principalmente a parte dos restaurantes. Escolhi uma massa, um fetuccine com frango. Estava muito bom e na sequência experimentei uma sobremesa muito gostosa com um creme que parecia sorvete, pedaços de bolacha e gotas de chocolate. Muito bom!

Depois deste belo almoço, fui para a Torre del Parque I, onde ficava o escritório do cliente. Passei a tarde inteira em reunião e ao sair de lá já era horário de Rush, ou seja, como toda cidade, peguei bastante trânsito até conseguir chegar no hotel.

Ao chegar, consegui falar com minha amiga Carolina Maturana e combinamos de dar uma volta depois que saísse da pós. Aproveitei o tempo, fui dar uma volta e acabei encontrando na alameda que estou um Supermercado (Santa Isabel) e me deparei com Crush e 7Up que não via há muitos anos, além de muitos produtos conhecidos, mas que aqui possuem outros nomes. Como sempre, fiquei passeando no supermercado. Consegui comprar água, e depois parei em uma das lanchonetes (Doggis) para comer um hot-dog. Voltei para o hotel com o mesmo e quando fui comer, uma surpresa… no lugar do purê de batata, havia purê de abacate!!!! Ruim não estava, mas é estranho!

Mais tarde encontrei a Carolina, que levou-me em um barzinho chamado Pub Licity, com Karaokê. O local era muito bonito, muito bem organizado e também muito animado. Ela conhecia todo mundo, inclusive apresentou-me o administrador do local e alguns de seus amigos, tanto os que trabalham, como também os que frequentam o local. Conheci também seu namorado, Rodrigo e descobri que tanto ela, quando ele cantavam e muito bem. Fiquei impressionado com sua voz. Ela cantou uma canção em inglês, e se não estivesse lá diria que era uma cantora profissional. Conversa vai, conversa vem, foi uma noite muito agradável em um local que nunca havia me imaginado, acompanhado também de um saboroso vinho, escolhido por Rodrigo e desta grande amiga que acabei fazendo aqui no Chile.

E, depois de tudo isso, voltei para o hotel e, vencido pelo cansaço, felizmente conseguir dormir.

Diário de Bordo: ¿Hola que tal?

Eram 2h35 da madrugada e eu já estava desperto. Ansiedade? Não, somente insônia mesmo. Fiquei enrolando até as 4h35, quando levantei para preparar-me para minha primeira viagem ao exterior. O destino? Santiago no Chile. Cheguei cedo ao aeroporto de Guarulhos para não ter erro, fiz o Check-in, passei pelo detector de metais, que apitou por conta de uma fivela no sapato que estava, depois na imigração foi tranquilo e lá estava eu no saguão do aeroporto aguardando meu vôo.

Kit-Kat

Kit-Kat

Sempre ouvi falar que o Free Shop era a oitava maravilha do mundo para nós brasileiros, pois as coisas são muito baratas e tal, porém achei tudo muito fraco, principalmente para quem não bebe e não fuma, era uma coisa ou outra que me chamou a atenção e talvez valesse a pena, mas só olhei. Destaque para a gôndola de Kitkat.

Graças à Internet meu tempo de espera foi agradável e mal senti o tempo passar. Ao entrar no avião pediram-me para trocar de lugar para que uma família ficasse junta. Aceitei, e o outro lugar acabou sendo no fundo da aeronave, e sem ninguém ao lado, logo, tive mais espaço para me esparramar na poltrona. O procedimento de decolagem levou mais de 40 minutos e foi aí que levei um susto. Nas telas internas estava sendo apresentado um mapa em que dizia que o destino seria Lima, no Perú. Neste momento revisei meu bilhete, confirmei o número do vôo e estava tudo certo, daí o comandante confirmou o vôo e o destino, e fiquei mais tranquilo.

A viagem em si foi muito tranquila, parecia que estava andando sob as nuvens. Como estava no corredor não puder ver muito da paisagem, porém devido a altitude, ninguém estava vendo muita coisa a não ser nuvens. Foi um total de 3 horas e 50 minutos de vôo, onde assisti episódios de seriados, comecei a ler meu livro “Universo em uma Casca de Noz”, comi um lanchinho e até consegui dar uma cochilada. A aterrissagem também foi igualmente tranquila e cá estava eu, em terras chilenas.

Ao sair da aeronave percebi o tamanho do Aeroporto e direcionei-me à “Policia Estrangera” para ter autorização de entrar no pais. Felizmente não me acharam com cara de terrorista, passei sem problemas e fui buscar minha mala despachada. Fiquei esperando e com sorte ela apareceu. Um problema a menos. Fui na casa de câmbio para entrar com algum dinheiro no país, tendo em vista que a casa de câmbio no Brasil estava sem pesos chilenos. Claro que a troca foi com um câmbio absurdo, não podia ser diferente! Passei por mais um detector de metais e pronto, poderia sair do aeroporto. Fui verificar o valor de um taxi oficial, mas estava muito caro, 17.500 pesos chilenos. Saí e fui procurar outra opção, ao menos mais barata. Achei um e fechei o valor em 14.000 pesos. O trajeto no táxi não foi longo, e fui lendo um jornal do dia. A temperatura estava bem agradável, e em alguns momentos pude admirar as cordilheiras dos andes com os seus picos cobertos de neve.

Ao chegar na empresa fui convidado a almoçar. Era aniversário de uma gerente e haviam reservado um restaurante. Para minha surpresa era um restaurante japonês, o qual só fui saber no meio do caminho. Voltei para a empresa e fiquei em reunião o restante da tarde. Por volta das 18h30 fui para o hotel, que fica no prédio ao lado da empresa. Foi fácil acertar tudo, e o quarto era agradável. Ponto positivo: a vista. Ponto negativo: o chuveiro. A Internet Wi-Fi do hotel era gratuita, portanto consegui utilizar meu smartphone e falar com minha esposa no Brasil via Whatsapp e Skype. Viva a tecnologia!

Fui informado pelo diretor que o local não é muito recomendável para caminhar sozinho a noite, e que para jantar seria bom ir por perto e logo. Quando estava para sair consegui contactar minha grande amiga Wanessa. Não confunda, esta é com W! Já tem cerca de dez anos que não nos víamos. Ela tinha aula na pós, mas acabou vindo encontrar-me, ou seja, a fiz bolar aula.

Ao chegar, pegamos o metrô na estação “La Moneda” e descemos na estação “Baquedario”, passamos pela torre da Entel, com formato de telefone celular, pela praça de independência, pela mais tradicional faculdade de direito do Chile, daí chegamos no Pátio Bellavista. Caminhamos um pouco no local, que tinha várias opções de comida e artesanatos.

Acabamos ficando em um restaurante chamado Backstage, muito bonito por sinal. Interessante é que no Chile ainda há distinção entre áreas de fumantes (fumadores como dizem aqui) e não fumantes. Experimentei uma bebida daqui, a “Pisco Sauer”, acompanhada de uma porção de frutos do mar empanados. Estava boa, principalmente os camarões!

Logo em seguida chegou o Nilton, noivo da Wanessa e mexicano para nos acompanhar, um cara gente boa e muito divertido. Depois de conversarmos um bom tempo, saímos do bar e me deram uma carona até o hotel.

E assim, com esta excelente companhia, terminou de forma muito agradável o meu primeiro dia.

Tempo… tempo mano velho…

Hà algum tempo que não escutava esta excelente canção do Pato Fú. Não que esta seja uma das minhas músicas favoritas, porém o tema tratado por ela, o passar do tempo, é algo extremamente significativo, e que nem sempre estamos atentos. Os mais nostálgicos vão lembrar-se também daquela: “O tempo passa, o tempo voa …“, mas o maior detalhe é que a Poupança Bamerindus nem existe mais, porém cá estamos nós.

O mais importante, em se falando do passar do tempo, não é nem as teorias da física que regem o continum do espaço-tempo, do universo e das energias cósmicas que nos cercam desde o Big Bang, mas sim o que estamos fazendo com este tempo. Será que o estamos aproveitando como deveríamos? Creio que, se refletimos cuidadosamente, a resposta seja não, a minha pelo menos é assim.

No dia a dia estamos lá trabalhando das 8 às 18 horas, alguns até mais que isso, depois voltamos para nossas casas, e nem sempre conseguimos nos dar conta de que o tempo está passando e pouco estamos realizando. Qual tem sido a sua contribuição para o mundo? Será que estamos firmes com as rédeas da vida ou estamos apenas sendo um peão em um tabuleiro de xadrez comandado pelos outros?

Lutemos contra este jogo! Viremos o tabuleiro a nosso favor! As melhores maneiras de aproveitar o tempo não é trabalhando ou sendo esnobes com os outros, mas sim quando estamos atendendo nossas necessidades mais intrínsecas, mais básicas, de auto-conhecimento, as quais somente nos fortalece diante do mundo que nos cerca, e nos trás, não apenas conhecimento, mas sim sabedoria. Esta sim tem valor.

Diante disso, família e amigos são as principais ferramentas para a conquista desta evolução como o “Ser Humano” que somos, são com eles que devemos estar com o passar do tempo, valorizando-os e retribuindo a eles o que são para nós.

Que o tempo passe, que o tempo voe… e que estejamos aqui juntos fazendo a diferença para o mundo!

Claudio Bassani

Músicas com um toque de diversão

Hoje peguei para ouvir a trilha sonora de uma série de televisão que gosto muito, How I Met Your Mother. Foi impressionante como só de ouvir as músicas tantas lembranças tenham vindo a tona.

Mesmo depois de seis temporadas, e já iniciando-se a sétima, foi possível relembrar de episódios específicos, suas situações inusitadas e mais ainda, as minhas lembranças pessoas, as quais relacionei com este ou aquele episódio.

Como qualquer série americana de comédia, é claro que há exageros e situações que para nossa realidade não fazem sentido algum, porém, fui pego por esta série pela leveza do roteiro e, principalmente pela proximidade das situações vividas pelos protagonistas com uma realidade que agrada-me muito, a do relacionamento entre amigos.

Bom, mas o título do post começa com a palavra música, certo? Independentemente de terem assistido a série, tenho certeza que aqueles que gostam de música apreciarão estes álbuns, pois há músicas conhecidas, novas versões, agitadas, românticas e até clássicas. Tem para todos os gostos.

Para quem me conhece bem, sabe o significado que a Música tem para mim, sendo assim, espero que curtam esta dica, e tenham certeza que este tema será muito abordado por aqui.

Claudio Bassani